Metaverso: O mundo 3D virtual compartilhado

Metaverso: O mundo 3D virtual compartilhado, interativo, imersivo e colaborativo.

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O futuro da Internet? Uma versão melhorada de realidade virtual (VR)? Uma réplica do nosso mundo que se funde com ambientes reais? A verdade é que o termo metaverso se tornou a palavra da moda para executivos de tecnologia que estão apostando nessa ferramenta como o próximo passo na construção de aplicativos 3D em tempo real.

Bastante famosa em jogos como Second Life, Fortnite, Minecraft, Roblox e filmes de ficção científica como Matrix Jogador Nº 1, a palavra metaverso apareceu pela primeira vez no livro Snow Crash, escrito por Neal Stephenson, em 1992. Desde então, o conceito avançou bastante e se incorporou a realidade tecnológica.

“O metaverso é um mundo 3D virtual compartilhado, ou mundos que são interativos, imersivos e colaborativos. Assim como o universo físico é uma coleção de mundos conectados no espaço, o metaverso também pode ser considerado um aglomerado de mundos”, explica o gerente de marketing da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina Marcelo Pontieri. “Em breve, o conceito se tornará uma plataforma que não está vinculada a nenhuma aplicação ou lugar único, digital ou real. É como se criássemos outra realidade e outro mundo que pode ser tão rico quanto o mundo real”.

Mundos virtuais…

Atualmente, as pessoas interagem acessando sites como plataformas de mídia social ou usando aplicativos de mensagens. A ideia do metaverso é que ele criará novos espaços online, onde as interações das pessoas poderão ser multidimensionais, com usuários mergulhando no conteúdo digital em vez de simplesmente visualizá-lo como, se de fato, visitassem uma realidade paralela onde basicamente qualquer coisa pode acontecer.

Nos últimos dois anos, o jogo Fortnite exibiu dois grandes concertos musicais com a participação de 10,7 milhões de usuários online simultaneamente. O principal deles foi o show Astronomical, do rapper Travis Scott, realizado em 2020.

Outro bom exemplo desse interesse acelerado pelo metaverso foi observado nos últimos meses, durante o isolamento social, com a implantação massiva dos sistemas de aulas online. À medida que mais pessoas começaram a trabalhar e a frequentar a escola remotamente, aumentou a demanda por maneiras de tornar a interação online mais realista, com a criação de ambientes virtuais para simular o mundo de verdade.

“O metaverso é diferente da realidade virtual de hoje, em que um hardware desajeitado e um software limitado oferecem experiências isoladas e poucas oportunidades de interagir intensamente com outras pessoas”, afirma o professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Mackenzie Vivaldo José Breternitz. “O metaverso será um enorme ciberespaço comunitário, movido a realidade aumentada e a realidade virtual, permitindo que nossos avatares se movam de uma atividade para a outra”.

…No mundo real

Há ao menos duas iniciativas grandiosas em torno do conceito de metaverso que devem se tornar parte desse futuro virtualizado. Uma delas é o NVIDIA Omniverse, tecnologia criada para colaboração virtual e simulação precisa em tempo real; nele, criadores, designers e engenheiros podem conectar as principais ferramentas de design, ativos de produção e projetos para colaborar e interagir em um espaço digital compartilhado.

É uma espécie de “mundo paralelo” que se conecta com a realidade, permitindo que as pessoas experimentem ambientes virtuais que se parecem e se comportam exatamente como um mundo físico, facilitando o trabalho remoto em uma mesma plataforma, ainda que essas pessoas estejam a quilômetros (e países inteiros) de distância umas das outras.

Entre os setores que podem se beneficiar com essa tecnologia estão o de arquitetura, engenharia, construção civil, manufatura, mídia, entretenimento e supercomputação. O Omniverse já é usado em um número crescente de indústrias para o desenvolvimento de projetos de colaboração e criação de “gêmeos digitais”.

“A BMW foi a primeira fabricante de automóveis a usar o NVIDIA Omniverse para projetar uma réplica digital completa de uma fábrica inteira. Milhares de engenheiros de produto e especialistas podem colaborar em um único ambiente virtual para projetar, simular e otimizar sistemas extremamente complexos antes da construção da fábrica ou da integração de um novo produto”, acrescenta Pontieri.

O Facebook também aposta alto na criação de um metaverso para comunicação de seus usuários em espaços virtuais compartilhados. A gigante das redes sociais anunciou que planeja contratar 10 mil pessoas nos próximos cinco anos para a criação de um mundo virtual exclusivo.

“Esse ambiente digital trará enormes oportunidades para criadores e artistas individuais; para pessoas que desejam trabalhar e possuir uma casa longe dos centros urbanos de hoje; e para pessoas morando em lugares onde as oportunidades de educação ou recreação são mais limitadas. Esse metaverso pode ser a melhor coisa depois de um dispositivo de teletransporte funcional”, prevê de maneira bastante entusiasmada e otimista o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg

Em vez de estar em um computador, no metaverso idealizado pelo Facebook você pode usar um fone de ouvido para entrar em um mundo virtual conectando todos os tipos de ambientes digitais. As reuniões e os encontros entre amigos e namorados poderiam ser realizados utilizando avatares e planos de fundo personalizados, conforme a vontade dos envolvidos.

“O Facebook será uma empresa metaverso, disse Mark Zuckerberg em julho deste ano”, relembra o professor Breternitz. “O objetivo dele é atrair centenas de milhões de usuários com hardware barato e software cativante. Em setembro, a empresa investiu US$ 50 milhões (cerca de R$ 275 milhões na cotação atual) para construir o seu próprio metaverso”, completa o especialista.

Ainda é cedo para dizer se o metaverso se consolidará como o “futuro” da internet (seja para entretenimento, seja para uso profissional e industrial), mas é certo que essa tecnologia vem sendo implantada gradualmente, com pílulas de imersão quase imperceptíveis, capazes de levar a humanidade para dentro de um universo virtual cada vez mais realista, colaborativo e parecido com um filme de ficção científica ou com um game multiplayer.

 

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